O universo dos esportes comporta um segmento que está na ativa há muito tempo, mas que tem tomado cada vez mais conta da atenção dos curiosos – o fisiculturismo. Aliando esforços musculares e alimentações regradas, os atletas utilizam as dietas de bulking e de cutting como ferramentas para atingir seus objetivos de desenvolvimento e de definição muscular. Já ouviu falar?
Quer saber para que serve o bulking e para que serve o cutting? Convidamos a nutricionista esportiva Bettina Del Pino para nos ajudar a esclarecer melhor essas questões. Acompanhe o texto abaixo e confira mais informações que podem te ajudar a chegar mais perto da definição tão sonhada.
A diferença entre bulking e cutting é que são duas fases opostas em termos de alimentação. “Enquanto um busca o aumento de massa corporal, o outro foca na redução”, explica a nutricionista. E é bom não confundir, pois o cutting propor a redução da massa corporal não sugere perda de massa muscular, mas sim eliminação dos índices de gordura do corpo. Mas nós detalhamos tudo direitinho a seguir. Bora lá!
A dieta bulking é baseada em um ciclo para ganhar massa muscular, pois foca na hipertrofia, ou seja, na construção de massa muscular. O bulking é baseado em uma série de treinos musculares pesados e numa dieta rica em carboidratos, proteínas e demais alimentos. A ideia é adquirir peso o suficiente para propiciar um organismo suscetível à hipertrofia, transformando as reservas de energia em músculos.
Também conhecida como primeira fase pré-competição por parte dos fisiculturistas, é no bulking que os músculos são tonificados, aumentados e fortalecidos. Como lembra a nutri: “é uma fase muito comum utilizada no fisiculturismo e por entusiastas do mundo fitness. Consiste no elevado consumo energético para ganho de massa corporal, principalmente massa muscular.”
Enquanto isso, a dieta cutting é a famosa segunda fase pré-competição no mundo do fisiculturismo, pois foca na definição dos músculos desenvolvidos na etapa anterior, no bulking. É o que a profissional destaca: “cutting é a fase seguinte do bulking, quando o foco é a redução de gordura corporal. Dessa forma, o plano é uma dieta de baixa caloria e com um bom aporte de proteínas.”
Essa é a parte que prepara o corpo dos atletas, retirando-o do status “inchado” por conta da base alimentar do bulking para uma estética mais “slim” ao cortar o consumo de calorias e focar na manutenção da estrutura muscular. É aqui que o famoso “cardio” faz a diferença, pois os exercícios cardiovasculares possuem o foco de queima da gordura corporal, definindo os músculos.
“O primeiro é o bulking”, afirma a nutri sem pestanejar. Como o objetivo final dessas dietas e a definição pós-hipertrofia, é necessário passar pelo processo de desenvolvimento muscular. Assim, depois é possível definir os músculos e deixá-los mais “aparentes” através da queima da gordura corporal.
O processo de bulking dura uma média de quatro a seis meses, enquanto o processo de cutting costuma durar entre dois e quatro meses.
Os projetos possuem essa diferença de durabilidade justamente por conta da proposta de cada um. Por se basear em construção de massa e ganho de peso, o bulking pode durar por um período maior por não apresentar riscos à saúde por privação de calorias ou algo do gênero.
Em contrapartida, a época de cutting costuma durar menos tempo por conta do impacto no organismo. O corte de calorias (ou seja, energia) no organismo causa esse déficit calórico e, consequentemente, um consumo das reservas de energia estocadas no corpo. Isso tudo culmina na definição do sistema muscular, que é a meta estética para muitos, mas com um preço considerável a ser pago. Como a própria nutri ressalta: “O bulking tende a durar mais (16 a 24 semanas) e o cutting menos, ficando entre 8 a 16 semanas.”
Existem duas formas de responder essa pergunta e vamos abordar a primeira opção agora. Analisando, podemos interpretar qual o jeito certo de realizar as duas dietas em termos de ordem prática. Como você já sabe, esses tipos de dieta possuem objetivos pontuais, principalmente quando aplicadas às competições esportivas.
Por este ponto de vista, a maneira correta de realizar ambas as dietas é primeiro o bulking e depois o cutting. Mas por que o cutting vem depois do bulking? É bem simples, pra falar a verdade. Na prática, não há sentido em realizar o bulking após o cutting por dois motivos: o bulking irá mascarar a definição trazida pelo cutting e, sem o bulking antes, os músculos definidos pelo cutting não estarão estimulados de acordo com a meta esportiva dos atletas.
Agora, quanto à segunda interpretação da pergunta, é necessário entendermos a importância de uma execução saudável e um acompanhamento profissional, que são imprescindíveis para que o organismo não fique debilitado ao ser colocado em situações tão contrárias em um curto espaço de tempo.
Com esse objetivo, a nutricionista esportiva Bettina chamou a atenção para alguns pontos de incentivo, com o intuito de educar o atleta a buscar suas metas de forma saudável. Acompanhe as dicas da nutri para fazer bulking e cutting de forma correta:
A boa notícia é que ter uma alimentação saudável – seja no bulking ou cutting – pode ser menos trabalhoso do que você imagina. Afinal, não é só de suplemento que vive o atleta! E a Liv Up está aqui pra te ajudar: no nosso site, você encontra desde refeições prontas a lanchinhos saudáveis feitos com ingredientes naturais. Vem experimentar!